27 janeiro 2014

Garotas de vidro




Hoje trago a resenha de um livro com um assunto muito sério: Garotas de vidro, onde o tema principal são disturbios alimentares e auto-mutilação. Esse livro tem um tema muito forte, e me fez sentir como a personagem principal, uma adolecente  onde sua familia não enxerga que ela está com sérios problemas que podem a levar para o caminho da morte. 

"Eu não deveria. Não posso. Não mereço. Sou uma gorda gigante e tenho nojo de mim mesma. Eu já ocupo espaço demais. Sou uma hipócrita feia e malvada. Sou um problema. Sou um lixo. Quero dormir e não acordar, mas não quero morrer. Quero comer como uma pessoa normal, mas preciso ver os meus ossos ou vou me odiar ainda mais..."

                   

      Eu finjo ser uma adolescente gorda e saudável. Eles fingem serem meus pais. Está tudo bem.
  

Sinopse - Garotas de Vidro - A verdade nem sempre é o que enxergamos - Laurie Halse Anderson

Nota: 5 estrelas
Lia está doente e sua obsessão pela magreza a deixa cada vez mais confusa entre a realidade e a mentira. Mas ela perde totalmente o controle quando recebe a notícia de que sua melhor amiga, Cassie, morreu sozinha em um quarto de motel. E o pior: Cassie ligou para Lia 33 vezes antes de morrer. O que começou como uma aposta entre duas amigas para ver quem ficaria mais magra tornou-se o maior pesadelo de duas adolescentes reféns de seus próprios corpos. Ao negar seu problema, Lia impõe a si mesma um regime cruel em que contar calorias não é o bastante. Ao omitir seu desespero, apela ao autoflagelo numa tentativa premeditada de aliviar seus tormentos. Seus pais e sua madrasta tentam ajudá-la a qualquer custo, mas nem mesmo sua doce irmã, Emma, consegue fazer com que Lia pare de se destruir. Agora, Lia precisa encontrar um modo de lidar com todos os seus fantasmas, e a morte de Cassie é um deles. Garotas de Vidro é uma história intoxicante sobre a autorrepugnância e a busca pela identidade. Neste livro, Laure Halse anderson aborda de modo realista a dolorosa condição de jovens que sofrem de transtornos alimentares e sua complicada relação com o espelho e consigo mesmos. 

Saraiva | Skoob
 
 Tudo começou como uma meta de final de ano, onde Lia não desejou ser a garota mais popular da escola, ou muito menos a mais bonita, apenas a mais magra da escola. Tanto que ela e sua melhor amiga Cassie, fizeram uma aposta de que elas seriam a mais magras da escola, entre todas as alunas do colégio. Oque parecia mais um desejo infantil, se transformou em uma grave doença- Lia tem anorexia nervosa, e Cassie bulimia. 
  
 As principais diferenças são os sintomas. Na anorexia nervosa, a perda de peso é acentuada e, geralmente, deixa a pessoa desnutrida a ponto de correr o risco de morte. Isso acontece porque quem sofre desse distúrbio come muito pouco (ou nada!) para conseguir emagrecer.
Já na bulimia, o peso corporal do paciente é normal ou com sobrepeso, mas ele sofre de compulsão alimentar, com frequentes ataques à comida, seguidos de arrependimentos.
 Após a misteriosa morte de Cassie, a melhor amiga de Lia, ela se culpa a todo instante que o motivo da morte de sua amiga é que ela não atendeu o telefone enquanto Cassie a ligou 33 vezes na véspera de sua morte. 
   Os país de Lia são cegos pela esperança que ela se recuperou, e não vê que após a morte de sua melhor amiga, Lia vem piorando cada vez mais. Além de contar cada caloria que ela consome durante o dia inteiro, ela é obcecada pela magreza e ser uma pessoa "forte", que é como ela acha que as pessoas que não comem são.
   Ao  contrário de Cassie, Lia não come loucamente e depois põe tudo para fora no vaso sanitário mais próximo. Ela admite que não consegue comer tanto e depois vomitar. Então ela decide mesmo é não comer pelo resto do dia, fazendo uma dieta maluca de 500 calorias por dia, sendo que a dieta aconselhada para as pessoas são de 2000 calorias diárias. 
    Eu gostei bastante desse livro, apesar de ter um tema muito forte, ele mostra os problemas do dia-a-dia de garotas com distúrbios alimentares na visão delas. E não na forma do adulto responsável, ou até mesmo de um médico. E isso tornou o livro com uma história real, a realidade de muitas garotas que são obcecadas pela magreza. 
  Mesmo que o livro tenha me deixado um pouco complexada, perplexa e com uma tremenda aflição ao imaginar Lia dirigindo em seu carro sem ao menos ter comido nada, se arranhar para não se deixar levar pelo cheirinho de comida. Ela não comia nada, e ainda por cima contava cada caloria que ela iria comer. E ainda assim, se sentindo gorda, abusava dos exercícios. Eu amei o modo como a Laurie Halse Anderson escreve, e como ela lida tão bem com a escrita de temas fortes. 




    

  
  

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